ergui-me em toda a minha majestade
do milenar fogo em que me imolastes
e foi num templo de mentira sobre a verdade
que vós, loucos, tão afoitos me criastes
aplanastes os caminhos que percorri
destes novas fúrias aos meus semblantes
foi com amargos sorrisos que eu vos vi
castrar aos corpos as esperanças dos amantes
e com as vossas simples alquimias
fizestes dos silêncios uma espada afiada
lançastes a morte à palavra esculpida das poesias
a liberdade foi da vossa nação escorraçada
criastes-me rei e senhor
para que tudo se sujeitasse à vontade da vossa lei
paristes o meu nome com alheia dor
arrancada às almas das quais vos alimentei
e todos os profetas que me precederam
anunciaram-me no verbo da eternidade
barricados no exercito que em meu nome fizeram
castraram o paraíso à humanidade
leal maria
domingo, 4 de janeiro de 2009
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