sábado, 22 de novembro de 2008

…o incerto na linha do horizonte

já tão frágil…
a memória que em mim há do teu olhar,
desvanece-se à força da minha vontade.
e os passos que dou,
já não são para te procurar;
e deixei de me chamar saudade…

mas sabes!?
é imenso o vazio que ocupa o espaço,
que eu te forço a abandonar.
e sinto, no profundo de mim, o abraço;
que envolve de frio o meu sonhar.

troquei as voltas aos desejos…
agarrei firme os instintos que me perdiam!
que o destino não se verga à força de beijos;
e o mundo não é dos que se refugiam…

e nos trilhos
que agora me indicam a direcção,
não lhes reconheço
nenhuma das geografias que em ti sonhei.
sigo caminho,
sem que nada agarre a minha mão;
e do destino que me espera, nada sei!

mas foi sempre assim que eu quis!
o incerto fazendo-se horizonte do meu futuro.
entre o gesto que tudo e nada diz.
coordenadas…
alternando-me entre a luminosidade e o escuro.




Leal maria

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