segunda-feira, 24 de novembro de 2008

…e o dia que virá, dissipará a escuridão da noite.





nos meus dias tomados pela escuridão,
trajados de um triste cinzento…
no mundo destruído pelo deserto que trago na mão,
na cruel melodia de um nefando lamento…

sei que me manterei de pé!
não soçobrarei à tempestade!
porque faço minha profissão de fé
na força que vou buscar à vontade.

p´ra lá de todos os altos muros
que teimam em barrar-me o caminho;
encontrarei a luz que me dissipará os dias escuros.
e então não caminharei mais sozinho…

olharei de frente a incerteza;
na sua mais crua fisionomia...
dela farei a minha intrínseca natureza,
dançará ao som da minha poesia.

porque nada me amarra ao medo!
a noite não é eterna nem em mim perdura!
procuro sempre decifrar todo o segredo,
do dia que vislumbro na lonjura…

e na força do meu braço esforçado,
no desassossego d´alma inquieta;
far-me-ei argonauta de um mar não navegado,
que o tesouro maior se encerra na descoberta.

será num grito a plenos pulmões,
que anunciarei o que tenho de mais profundo.
pois em mim batem mil e um corações...
e sou guardião dos sonhos todos do mundo.



leal maria

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