sábado, 13 de novembro de 2010

confiança

ainda os ouço… ténues rumores…
sopro de vento, promíscuo entre árvores nuas.
inquietantes sussurros de outras dores;
quimeras, que num ultimo estertor,
vêm tombar sobre a calçada polida das minhas ruas.

o prazo de validade acaba-se-lhes em definitivo.
relegadas para o mais recôndito lugar da memória.
procuro agora, ainda que esconso, um lenitivo…
couraço-me na convicção
de que não sairei derrotado da história.

derrotado nunca, isso não me declaro!
exangue; prostrado; quase a soçobrar;… tudo isso.
tendo a força de vontade como amparo;
pouco mais necessito para devolver ao rosto o sorriso.

interessa-me o porvir.
a intensidade da força que no presente se faz.
o espanto confiante… não temer o que surgir.
gládio não mão,
preparado para a guerra ou o saudar da paz.

é o tempo de todas as possibilidades.
lugar possível para o tentar concretizar tudo aquilo que se quis.
é límpido o clamor das mais intensas vontades…
assunção total das responsabilidades… desejar ser feliz.

uma miríade de horizontes onde resgatar-me de toda a escuridão.
há muito me expurguei de toda a vassalagem.
vou ao encontro de outros sonhos que me estendam a mão.
um passo a seguir ao outro;
até completar a minha parte da viagem.





leal maria

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