anda daí comigo!
agarra esta mão que te estendo!
se a vida é um sonho
porque não a sonhar contigo
neste barco onde toda a minha vida ponho !?
anda daí comigo alegremente…
segue-me para um destino que desconheço;
tenho esta coisa de navegar contra a corrente
seguindo quimeras que me trazem possesso.
vem! não olhes o que para trás deixas.
somente traz a certeza das saudades que sentirás.
esquece os lábios que agora beijas,
pois serão outros os corpos que amarás!
que interessa o conveniente?
mais não faz que nos amordaçar em medo!
deixemo-nos ir com o que o instinto sente;
decifremos-lhe o que nele há de segredo!
que é o amor? que é o ódio?
porque não deixarmos corpo e alma ser um só?
está-nos reservado o lugar no pódio…
aclamar-nos-ão na glória de vir-mos a ser pó!
anda, vem daí comigo ser a cósmica matéria!
as estrelas são nossas mães!
aqui, enjaulados numa liturgia demasiado séria;
somos deuses esquecidos do prazer que é um holocausto feito com simples pães!
agarra-te a mim!
deixa o teu respirar sintonizar-se com o meu…
não prenuncies sequer um não ou um sim;
segue-me somente para esses universos que o teu olhar me prometeu!
leal maria
domingo, 12 de julho de 2009
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1 comentário:
Cheguei aqui empurrada pela Utopia da Ausenda!
Quanta sensibilidade nas sus palavras!. Vou continuar a explorar as suas palavras com muito gosto:)
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