quarta-feira, 11 de março de 2009

vida...

Passam os dias, desfilando as suas horas; minutos; segundos…
E no mundo vão coabitando vários mundos
Numa espiral de ódios; amores; abundâncias; fomes; violências
Onde num lugar se é feliz com um beijo e noutro se violam inocências
E há risos… há choros… gritos de desesperos, gritos de alegrias
Um homem, acariciando o cabelo do filho, aspira do mar a suas maresias
E há um pescador que tirando o sustento do mar, na tormenta morre afogado
Na barraca, de fomes farta, o menino vive com medo, acocorado
Uma gaivota, voando em sinuoso voo, no céu azul vai trilhando caminhos
Na América do sul, à bala, morrem uns pais, deixando os cinco filhos sozinhos
Nova York, na sua imponência, vê passar a limusina com o ricaço e as suas putas de luxo
Na Somália, a esfaimada mulher, confia o filho moribundo ao bruxo
A noiva, em histérica alegria, recebe o pedido há muito desejado
Um adolescente lança-se num voo suicida com a ideia de nunca ter sido amado
E tudo isto no presente, tem certo o futuro de vir a ser passado
Porque o que vai acontecer está já perfilado
Outros amores esperando serem amados
Outros ódios em ímpetos de serem odiados
Alegrias à espera de serem partilhadas
Carnes tenras, que em festins de fúrias, vão ser rasgadas


leal maria

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