foi o cheiro das rosas que te derrubaram
e a intensidade das horas morreu aos teus pés
em vão foi que por ti lutaram
sem que lograssem possuir tudo aquilo que és
deixas-te banhar nessa letárgica luminosidade
fundindo o corpo na sombra e nos sonhos
e esse sentimento bem pode ser a saudade
dos dias de desejos tão violentos e medonhos
e em mil e uma noites inconfessadas
outras tantas histórias estão à espera de nascer na tua mão
germinadas no teu pueril corpo com as formas das ninfas desejadas
que a divindade inveja por não ser sua criação
e adormeces sobre uma ténue esperança
sobre a fria terra que te serve de leito
embrenhas-te nesse mundo que só a tua imaginação alcança
prenhe de tantas quimeras alimentando-se no teu juvenil peito
etérea; metamorfoseias-te não sei bem em quê
dissolveste num mistério oblíquo
e se forma o desejo de eu saber o porquê
do teu rosto ser em mim tão ubíquo
leal maria
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário