segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

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por entre todos esses sonhos onde fluis
nesse lugar em que és a amante da fantasia
reconheço o lugar que eu sempre quis
onde o sentir não precisa do dialecto da poesia

leva-me contigo para essa morada
deixa que seja eu a quebrar o silêncio que te cercará
irromperemos a noite com a voz abafada
e a carícia da minha mão o teu corpo nu cobrirá

esqueceremos as lágrimas e o seu sabor
multiplicar-nos-emos nos muitos corpos que desejarmos
seremos uma só alma, ubíqua em tanto amor
pontes que alicerçaremos nos abismos por que passarmos

a cidade será nossa e prestar-nos-á vassalagens
seremos os seus magnânimos soberanos
e os rios que o cruzarem ornamentarão as margens
para que as caminhemos livres de todos os enganos

teu corpo ser-lhe-á a sua eterna geografia
e a tua vontade será a sua lei e a sua fronteira
e eu serei a multidão que o teu desejo à muito paria
e chamar-lhe-emos a cidade verdadeira

olharemos e iremos ver completa a nossa criação
povoá-la-ão todos os ruídos que fazem um novo mundo
selaremos numa jura a eterna união
e então deixar-me-ei perder no teu abismo mais profundo


sim, irei contigo para essa noite que aí vem!
essa noite; em que prometes que ficaremos bem….




leal maria

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