nessa tua fragilidade
em que um homem e uma mulher no mundo te semeou
vislumbrei a primordial humanidade
e imaculadas as tuas mãos
pois por elas sangue algum se derramou
sim… eu te proclamo filho de todo o Homem
dado á existência com o que ele tem de mais puro
sem as raivas que o consomem
nem desejos desses paraísos que lhe fazem o caminho duro
derramo em ti o azeite de ungir um Deus
anuncio-te como o maior dos profetas esperados
uma renovada esperança… um adiado adeus…
porque a tua inocência prescinde de corpos crucificados
nasceste isento de tudo que é mal no mundo
permaneces eterno nessa tua meninice
o essencial de algo mais profundo
que perdurá para lá de todos os dogmas já moribundos de velhice
sim… nasceste num feliz dia
parido na vontade de alguém farto de tanta iniquidade
de ti, menino, se fez a eterna poesia
que é o teu olhar de criança a reflectir a divina liberdade
leal maria
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
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