quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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chove…
tempos houve em que tentei,
ó se tentei, até à saciedade,
em todos os dilúvios beber.

hoje, queria luz e chove…
entristece-me esta mania de o sol,
quando mais preciso dele, se esconder.

o vento é frio...
enfrento-o com o semblante irado,
de quem vê inimigo numa aproximação hostil.
tento equilibrar-me no bom senso para não cair no vazio.
mas a loucura anuncia-se-me,
cadenciadamente; num vai e vem subtil.

vã tentativa dissecar-me,
pensamento a pensamento; sentir a sentir;…
não logrei avançar
para lá dos mais básicos lugares comuns.
as mesmas duvidas sobre os caminhos a seguir.
não os sei caminhar:
é-me omissa a existência de mais alguns.

preso às coordenadas de toda uma vida;
como alternativa,
apenas a possibilidade de ficar parado.
recuso!
forçarei o destino,
para o dramatismo de uma tragédia por mim zurzida.
serei como a ignóbil personagem
do torcionário, seviciando um corpo torturado.

tenta-me o precipício…
ensaio dar o passo irremissível. 
insano interstício.
ínvio estágio de uma metamorfose para um futuro impossível



leal  maria 

2 comentários:

Tortulhas disse...

Caro Leal Maria,

O seu poeminha parece mais não ser que um exercício de satisfação da sua vaidade, que nos quer vender como poesia distinta, mas mais não é que um linguajar inculto, uma miscelânea de má fonética, ritmo trôpego e pretensiosismos rebuscados de erudição duvidosa.

De Miranda do Douro, com estima,
Tortulhas

leal maria disse...

Há pessoas que mais não são do que "gentinha". Assim, com este genérico diminutivo não estarei de forma alguma a insulta-los. Repara-se no comentário acima do Tortulhas. A este comentário, antecedeu-o o que escrevi no blog http://frolesmirandesas.blogspot.com e cujo putativo autor ou co-autor é a citada (in)luminária. Segue o meu comentário que podem confirmar no seguinte link: http://frolesmirandesas.blogspot.com/2010/02/biaige-onde-si-se-fala-lhiones.html cito-me " Que país este...! Não satisfeito com a sua quase homogeneidade cultural; com a sua forte e vincada identidade colectiva que lhe dá a vantagem de o estado se confundir com a nação e vice versa;... põe-se a patrocinar uns senhores que, para satisfação das suas vaidades, querem vender como língua distinta, um linguajar de incultos que mais não é de que uma miscelânea de má fonética do português e galego." Fim de citação.
Como designar alguém que, acossado por um honesto comentário meu à sua (e de outros) tentativa de fazer de um linguajar, que a falta de cultura e um isolamento geográfico forjou, uma Língua, dá-se ao de me tentar magoar criticando um poema meu, não tendo sequer a inteligência de o procurar fazer por palavras suas. Mas engana-se se acha que me magoa. Concordo plenamente com a análise que fez ao meu poema. Só tenho pena que a sua acertada critica não tenha sido motivada pela simples e objectiva análise literária. Para a próxima, comente à vontade, mas veja se não me conspurca a página com espuma da sua "boca" enraivecida.