Dão-se os corpos aos desejos
Numa entrega sem condições
E ódios dão lugar aos beijos
Num efémero reinado de ilusões
Mas soçobram as vontades
No prolongar do festim
Violentadas as virgindades
Impõe-se o indesejável fim
Outras vontades se levantam
Encarnadas no corpo do homem
Imagens que os sonhos lhe espantam
E como um fogo o consomem
Em catadupa vêm-lhe os porquês
Fazendo-o ansiar a imortalidade
E o homem português
Continua a busca da sonhada cidade
Nos oceanos onde sulca o seu trilho
Orienta-se pelos astros e o sonho
O incerto ofusca-o com o seu brilho
Na esperança de um futuro risonho
Mas há-de vir o fim e o esquecimento
E o nada reinará como inevitável senhor
Mas eterno será todo o momento
De quem não se detém perante o temor
leal maria
quarta-feira, 11 de março de 2009
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