procurei por entre as palavras
e nelas já não te encontrei
basculhei em todas as suas metáforas
e vi-as tão vazias
apenas bocados dispersos dos sonhos que sonhei
amortalhados
na fragilidade das minhas poesias
sinto-me amputado
o tempo subtraiu-me algo de mais profundo
muito mais que um dia passado
arrancado com violência a cada segundo
subtraiu-me o sonho irreal
quando tudo era uma amalgama do mesmo sentimento
quando um pequeno gesto esconjurava todo o mal
e um leve sorriso
fazia-se valer por todo e qualquer lamento
hoje subsiste apenas o desencanto
sustentado num sentir a que não consigo dar fim
a hesitação entre desilusão e o espanto
num despojar d´alma em que nada dou de mim
mas os sonhos, se os sonhei… são meus
e é por os ter ainda na memória
que me recuso dar-lhes definitivo adeus
pôr o ponto final na história
nem esperança, nem resignação
apenas e só um “deixa andar”
e sempre, sempre… o imenso deserto na minha mão
e a solidão…
como se não houvera ninguém para me esperar
leal maria
sábado, 7 de fevereiro de 2009
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3 comentários:
Ora ora :))
Mas eu acho que ainda não tenho mãos que possam ser apresentadas a alguma editora :)
Mas tu, tu sim devias apresentar estes teus poemas! Devias mesmo!
Há muita gente que até lê poesia.. mas essa gente por vezes está muito dispersa.
A maneira como falas dos meus desenhos deixa-me boquiaberta , a sério. :))
É claro que o que escrevo não se compara em nada ao que tu escreves :)
Hm.. interessante isso que dizes quanto a isolar a rapariga. Ainda bem que gostas do pormenor ;)
Eu acabar famosa =))) LOL isso era como dar uma volta de 360º na Joana :))))
A rapariga..a ideia que tens de mim? :))
É verdade... vejo que andaste na tropa ??
estive a ler uns textos teus no youtube e gostei tanto!
E este..está tão lindo também.
Não sei onde arranjas forma de transpor tudo isto para palavras :) fantástico.
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