depois de tantos e tantos abraços,
falham-me agora as mãos,
para dar o abraço maior!
há sombras,
que me chegam em sorrateiros passos;
fazendo segredo
do mais ínfimo pormenor…
e o meu corpo;
tão saciado nos sentidos...
perde-se no sossego da minha alma.
e é em vão que busco uma razão
por entre achados e perdidos,
que me ferisse de ânsia toda esta calma.
não tenho pressa!
já não quero tanto lá estar…
naquele outro lugar…
será sempre longa a espera!
há outras quimeras a cortejar,
no perpétuo correr atrás da eterna primavera…
mas em tudo descubro o desejo,
que me faz levantar e no sonho persistir.
um poema;
um toque de lábio num beijo;
e uma alma embalada na abrupta viagem do ir…
aaah… e o regresso!
a doce amargura do reencontrar…
saber que mesmo com o mundo todo em mim possesso;
se mantém intacto o meu amar.
e no permanente jogo do azar com a sorte
ao sabor do meu querer nas suas diversas marés
a memória recusa que eu lhe dê a morte
porque sabe que dela preciso para saber onde apoio os pés…
olho e já não sei,
onde foi a partida e se vislumbra a chegada…
o incerto que se faz em mim lei,
não dá coisa nenhuma por acabada…
leal maria
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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