a vontade amordaçada na minha mão
esperando a justa razão
que me fará levantar deste chão
quando a fúria não for em vão
neste chão em que me deito
com o desejo ardendo dentro de mim
libertar-se-me-á o grito dentro do peito
onde principiará o esperado fim
e tu, já no desespero pela longa espera
com o olhar definhando de tão vazio
nos escombros, tentas vislumbrar a nova era
dos renovados tempos que eu te anuncio
mas espera um pouco mais
ainda não é chegada a hora
só mais uns quantos lamentos e “ais”
para que possamos ir embora
caminharemos unidos
numa improvável irmandade
com os lábios cerrados na força do desejo
seremos o vento que passa
vergando tudo à sua vontade
e a destruição será o nosso apaixonado beijo
numa imposição, como as outras tão injusta
a novos dogmas farei ver a luz do dia
numa prepotência que em mim é tão vetusta
tudo será conforme a minha filosofia
seja feita a minha injusta vontade
assim na terra como na tua alma
tempos haverá
em que dos pretéritos tempos terás saudade
porque trarei a tempestade à tua mareação calma
leal maria
domingo, 2 de novembro de 2008
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