sábado, 25 de outubro de 2008

abandono


deste-te
corpo e alma…
imiscuída nos meus silêncios de prazer fingido.
e nossos sentidos, letárgicos pela calma,
procuram a renovação do prazer já tido.

de novo, na profunda escuridão nos damos;
despidos já das iniciais mentiras.
sem constrangimentos a inventar o que amamos,
eu dando e tu guardando tudo o que de mim tiras.

e a noite,
ferida de muitos gritos,
aconchega-nos no seu anonimato.
onde nossos corpos aflitos,
dão por reiniciado o amor no consumado acto.

e quando a manhã sobrevier,
encontrar-nos-á encobertos na ternura.
tu dirás que o futuro será o que deus quiser;
eu… farei segredo do sonho que ainda me perdura.

não há mais  ilusões.
ainda que dancemos a coreografia dos deuses ancestrais.
e em nosso corações,
ansiemos a sublimação dos seres imortais.


leal maria

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