quarta-feira, 11 de março de 2009

Perdido, no meio do caos que criei

Perdido no meio do caos que criei
Vou tacteando por entre a escuridão
Na esperança de tocar a ilusão
Que em tantos sonhos busquei
Que em tantos sonhos amei

Mas são tantas as dores em que tropeço
Tanto esforço feito a cada recomeço
Num constante adiamento
Do que será o inevitável momento
Quando em definitivo te fores
Deixando-me com estes meus amores

E as linhas do teu rosto
Fazem-se limites do meu pensamento
Solitário sentimento
De uma geografia em desgosto

Olho e não vejo a luz esperada
Não tem fim este túnel em que ando
É tão grande a distância alcançada
Que há muito passei o que andava buscando

Cada passo que dou é uma tragédia
Pelo muito que de ti me afasto
Mas rio alto como se tudo fosse comédia
Para que a tristeza não faça de mim seu repasto

E as linhas do teu rosto
Fazem-se limites do meu pensamento
Solitário sentimento
De uma geografia em desgosto

leal maria

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