nossas ténues esperanças
a lutar para sobreviver
tu e eu
de novo crianças
deslumbrados pelo improvável de ver o amor renascer
demo-nos corpo
resguardando a alma
imiscuídos nos silêncios de prazer fingido.
mas nossos sentidos letárgicos pela calma
procuram a renovação do prazer já tido
e de novo
na profunda escuridão
nos damos
despidos já das iniciais mentiras
sem constrangimentos a inventar o que amamos
eu dando e tu guardando tudo o que de mim tiras
não há mais lugar para as ilusões
dançamos a coreografia dos deuses ancestrais
em nosso corações
ansiamos a sublimação dos seres imortais
e a noite
ferida de muitos gritos
aconchega-nos no seu anonimato
onde nossos corpos
tão aflitos
tão aflitos
dão por reiniciado o amor no consumado acto
e quando a manhã sobrevier
encontrar-nos-á encobertos na ternura
tu dirás que o futuro será o que deus quiser
eu…
farei segredo do sonho que ainda me perdura
farei segredo do sonho que ainda me perdura
não mais ilusões
corpos submetidos à coreografia dos deuses ancestrais
em nosso corações,
a sublimação dos seres imortais
leal maria
Sem comentários:
Enviar um comentário