quinta-feira, 19 de junho de 2008

infâmia

sonhos arrancados
a quem só pede para os sonhar
mudos gritos desesperados
frágeis corpos de fome a definhar

mãos ressequidas pela espera
entendidas numa improvável esperança
a terrível fera
fazendo inchar a barriga da criança

cheios de si
vêm os “cães”
dizendo-se senhores do mundo
que nem matando as putas das suas mães
nos livramos do seu parasitismo profundo

politica serôdia
sobre cadáver putrefacto especulando
fazem amarga toda a dura côdea
não cuidando de quantos estão matando

mas haverá sempre quem cerre fileiras
não se iludindo com as suas patranhas
não deixaremos ser petróleo o cereal na eiras
nem que tenha-mos de lhes abrir as entranhas


leal maria

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